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domingo, 28 de março de 2010

Sonho


Hoje eu tive um sonho especial

Sonhei que estava do seu lado

O tempo passava tão devagar

No meu sonho os dias pareciam não ter fim

Hoje eu tive um sonho bom

Sonhei que você me beijou

E entre tantas juras eternas de amor

Eu te abraçava ternamente

Hoje eu sei... Os sonhos que dormiam em mim

Não passavam de desejos do meu coração

Eram sonhos de vontades que eu queria te falar

E no mundo dos meus sonhos eu seria sua... Pra sempre!

Agora é pra valer!... Eu vou realizar meus sonhos

Eu vou recuperar tudo aquilo que perdi

Fazer com o tempo que passou seja meu de novo

Farei com o que era meu nunca tenha me deixado

Você, que eu pensava ser um sonho

Tornou-se o paraíso no meu mundo real

Hoje eu já não quero mais dormir

Quero permanecer acordada

Não me diga que isso não passou de um sonho

Eu quero crer que é verdade

Que eu ainda não saí da realidade

Que eu sou realmente sua, só sua

Hoje eu sei... Os sonhos que dormiam em mim

Não passavam de desejos do meu coração

Eram sonhos de vontades que eu queria te falar

E no mundo dos meus sonhos eu seria sua...

Eu vou te amar pra sempre

Eu sei que vou, não tente me convencer do contrário

Vou cumprir minhas juras de amor

Prometa-me que vai se esforçar para também cumprir com as suas

Eu sei que isso não é um sonho

Que isso não é mais um sonho

Eu sei que os meus sonhos não são assim

Eles não têm fim, e isso vai ter um final feliz

Quando o sol se apagar


Você partiu sem dizer adeus

Fechou a porta de casa antes de eu voltar

Me disse sim quando queria dizer não

E entre mentiras fingia dizer a verdade

Você se foi e não deu explicações

Me deixou aqui sem entender

Agora eu já nem sei ao certo quem você é

E se algum dia você vai voltar

Quando o sol se apagar eu vou te ouvir

O som das paredes desmoronando

Quando o sol se apagar, quando anoitecer

Eu sei que você vai abrir a porta pra mim

E eu vou entrar com você

A noite fria parece não ter fim

Eu fecho os olhos e rezo que você volte

Eu sei que do outro lado você segura a chave na mão

Você anseia por abrir a porta

Quando o sol se apagar

A lua cheia chora por mim, por nós dois

A sombra refletida na montanha

Atrás da luz branca que a incendeia

Eu ouço, distante, uma música tocando

Esse som que faz lembrar você

Esse lugar, do lado de fora, faz lembrar você

Quando o sol se apagar, espere por mim

Se afaste da porta que eu vou derrubar

Quando a noite cair, esconda as lágrimas

Não sei o que faria se te pegasse chorando

Eu lhe prometo que vou entrar aí

Que eu vou voltar pra sua casa

Sei que sou capaz de derrubar a porta que nos separa

E eu vou entrar com você (vou voltar pra você)

Tudo isso quando eu avistar o por do sol

Quando o sol se apagar

Eu sei... Quando o sol se apagar

Pura Sorte


A lua cheia iluminava a calçada e o único barulho que eu podia ouvir era o da festa que havia deixado. Eram umas duas horas da manhã e eu tentava encontrar meu celular nos bolsos. E mesmo com a chuva continuei a caminhar. Sabia que assim que chegasse em casa, meu pai ia cair em cima de mim com perguntas do tipo: “Eu não falei para você NÃO sair hoje?” -, mas a idiota aqui achou que poderia sair para uma festa pulando a janela do quarto sem ninguém perceber, mas lembrei que meu pai iria acordar às três pra me lembrar de tomar o remédio. Em dez metros de caminhada eu já estava encharcada, já que são alguns dois quilômetros da casa do Cameron até a minha. Ah, o Cameron!... Aquele que era para estar me levando para casa agora, mas não, ele estava lá, se agarrando com OUTRA na MINHA FRENTE.

Eu tinha um motivo bem grande e gordo pra sair furiosa daquela festa. Era meu último sábado de férias, então resolvi contrariar meu pai e ir até a festa do meu ex. Eu já fui apaixonada pelo Cameron, claro, mas parece pouco provável que um cara como ele tenha gostado de mim (quanto mais me pedido em namoro!). Justo ele, um garoto tão... popular! Sempre bonitinho, arrumado, com um brilho no olhar digamos que completamente encantador. É impossível de não se apaixonar por aqueles olhos azuis ou pelo sorriso perfeito dele. Ok, ele é um sonho.

Para encurtar a história, ele me pediu em namoro. Ai, ele era tão lindo, e com aquele jeitinho todo meigo e conquistador não tinha como dizer “não”... Bom, na época ele era só um amigo pra mim (tá legal, um booom amigo), e eu não podia sequer imaginar que ele gostava de mim: e ele realmente gostava! Eu, boba (e cega!) do jeito que sou, não havia percebido isso antes.

Ah, mas eu tinha que me conformar de um jeito ou de outro com aquilo. Nós já havíamos rompido com o namoro e ele já tinha sofrido bastante por minha causa: eu o traía constantemente enquanto estávamos juntos. Como pude ser tão burra? Oras, tudo bem que eu vacilei (e muito, admito), mas poxa, o cara estava beijando outra na minha frente! Nossa, como aquilo doeu. Eu mal posso descrever essa sensação. Eu só sei que saí de lá o mais rápido possível, não antes de dar um tapão na cara dele e dizer que jamais havia me decepcionado tanto assim com alguém. Então, depois de uma longa caminhada na chuva eu cheguei em casa, com medo de alguém acordar. Entrei pela janela e fui direto ao banheiro. Joguei todas as roupas molhadas no chão e constatei, pelo meu relógio de cabeceira, que só tinha dez minutos pra tomar um banho quente e tentar secar meu cabelo. Foi uma correria, morri de medo de que alguém acordasse com o barulho do chuveiro. Mas enfim consegui deitar no último segundo antes de meu pai entrar no meu quarto, todo sonolento. Fingi que estava dormindo, deixei que ele me “acordasse”, tomei o remédio e ele saiu sem perceber o meu cabelo molhado. Consegui, afinal. Então eu dormi. Profundamente.

Na calada da noite


Já é bem tarde, e eu continuo aqui fora, ao relento

Não há uma viva alma sequer aqui comigo pra contar história

Na calada da noite, o vento frio passa por mim lentamente

Eu me estremeço, porém não exito

Permaneço imóvel, esperando que alguém apareça

As luzes da rua se apagam, mas eu continuo ali

Estou certa de que não vou embora enquanto você não chegar

De longe surge uma sombra

Eu, feliz, constatei que alguém enfim chegara

Ela estava lá, a sombra de um homem presente

Mas não era você; decepciono-me

Entretanto, permito que ele se aproxime

E a rua quase deserta já não parece mais tão fria

Havia outra pessoa ao meu lado, alguém que eu não conhecia

Um homem que, estranhamente, me parece familiar

Na calada da noite duas sombras se aproximam

A cada segundo que passava, se chegavam mais e mais

Eu já não estava mais sozinha

E o frio que eu sentia parecia nunca ter existido

Na calada da noite não era você ao meu lado

A imagem que se via era de duas pessoas felizes

Dois estranhos, sozinhos, na calada da noite

Me diga


Eu já estou cansada dessas suas mentiras

Já nem sei mais ao certo quantas faces você tem

Você disse que me amaria para sempre

Eu não sabia que esse “sempre” era tão rápido assim

Quando é que você vai parar com isso?

Diga logo de uma vez

Você realmente acha que continua me enganando?

Me diga...

O que você quer de mim?

Não é possível que esse tempo todo

Você tenha mentido pra nada

Eu lhe peço que me diga

Quais são as suas verdadeiras intenções?

Diga de uma vez por todas

Eu já sofri o bastante, está na hora de acabar com isso

Meu coração transborda de tanta tristeza

A dor que me fere por dentro está ficando insuportável

O que era pra ser amor começa a se tornar raiva

Por que é que você está fazendo isso comigo? Me diga...

Você me vê vegetando, mas continua a me ferir

É como se você estivesse dando facadas no meu peito

São como facadas de verdade

Todas provocadas por mentiras suas

Eu lhe peço que pare

Acho que você não ia gostar se eu estivesse fazendo isso contigo

Por favor, se ponha no meu lugar

Creio que seria tão doloroso pra você quanto é pra mim

Agora me diga

Por que você continua fazendo isso?

Você não percebe que estou sofrendo?

A cada lágrima derramada percebo que estou mais perto da morte

E aquela luz no fim do túnel começa a se acender pra mim

Eu vou seguir pra luz

Parece que você está me matando

Você vai conseguir dormir à noite com essa culpa? Me diga...

E agora, o que será de mim?

Se eu morrer, não vou passar de lembranças

E pelo que sei não será justo VOCÊ que vai se lembrar

Tudo o sou (ou o que fui) já não importa mais mesmo

Peço que me diga ao menos a verdade

Por favor... Me diga.

Mais aulas de inglês?


Fui à casa da Lu outro dia e tinha um labrador preto lá. Pra mim, labrador é um dos cachorros mais lindos do mundo! Esse era preto e, quando cheguei, a empregada da Lu, a Creusa, atendeu a porta e ele veio correndo:

- Nossa, de quem é esse cachorro? – perguntei.

- É do primo da Ludmila que está aí. – respondeu ela.

- Acho que é Cedro... – falou Creusa. Nessa hora, o cão pulou fazendo a maior festa.

- Oi Cedro, que cachorro lindo que você é!

Ele estava super contente, abanando o rabo. Fiquei brincando com ele um tempão e nem falei direito com a Creusa.

- Escuta, não quer falar com a Ludmila, menina?

Ih, é, a Lu. Fiquei tão distraída com o Cedro que até havia me esquecido por que tinha ido lá.

- Claro! A gente combinou de estudar inglês juntas. É que ela tem exame amanhã no curso e não me custa nada dar uma força.

- Hum, sei... A Ludmila está no banho, mas falou para você esperar por ela na sala. Pode entrar, Lorena.

- Ah, Creusa, será que não posso esperar por aqui mesmo com o Cedro?

- Tudo bem, só não deixa esse bicho entrar na minha cozinha – advertiu a Creusa.

- Pode deixar!

Continuei brincando com o Cedro até que ouvi a Lu desligar o chuveiro. Depois de alguns minutos, ela chega na cozinha. Só que não veio sozinha:

- Toni, essa aqui é a Lory, minha amiga. E Lory, esse é meu primo Toni que veio fazer uma visitinha.

- Oi Lory – falou ele, me dando dois beijinhos – Já conheceu meu cachorro, né?

Jesus me abana! O dono do cachorro era um gato. Alto, moreno, sarado... Show! Esse sim era o genro que mamãe pediu à Deus! Definitivamente um escândalo de menino. Claro que ia pedir pra Lu me colocar na fita. Agora, era falar uma coisa bem maneira sobre o cachorro:

- Seu cãozinho é muito fofo! Eu e o Cedro estamos nos entendendo muito bem – disse sorrindo.

- Cedro?! – Espantou-se Toni – Acabei me arrependendo de ter colocado esse nome nele. Tem gente que não acerta porque é um nome em inglês. O nome dele é Shadow.

Ai, para tudo, gente! Olha lá o mico... Fiquei super sem graça, e com uma tremenda duma cara de empada na frente do gato. Nem preciso dizer que não tive mais coragem de olhar na cara do primo da Lu. Ele deve me achar uma anta. Realmente preciso de mais aulas de inglês. Mas também, quem manda colocar um nome assim no bicho? Shaaaadowww. Ah, nomezinho danado... Aaah, Creusa...

Felicidade distante


Já não me importo mais com o que o futuro me reserva

Se é tudo um plano maluco do destino, já nem quero saber

O que tem de ser, será

E não há nada que eu possa fazer pra mudar isso

Onde fica a verdade no meio disso tudo?

Diga-me, sem demora

A felicidade está tão longe que eu não possa alcançar

Por favor, chegue um pouco mais perto

Será que se eu der um passo à frente não vou cair num abismo?

Meus braços se estendem até o máximo que posso chegar

Além disso existem muitas barreiras na minha frente

Acho que eu não tenho força suficiente para derrubá-las

Mas, e se eu ao menos tentasse?

Creio que não tenho nada a perder?

A felicidade já não me parece mais tão distante assim

Eu fecho os olhos e respiro fundo

Não penso duas vezes e me jogo contra a parede

Temo por me arrepender disso depois

Mas... O que está havendo?

Parece ser o barulho de alguma coisa se quebrando

Isso sou eu?

Abro os olhos, e me sinto bem

Parece que não há nada de errado comigo

Eu consegui, já posso ver a felicidade aqui mesmo

Eu me aproximo e... nada!

Pelo visto ela está brincando comigo

Eu já estou ficando cansada disso

Já não tenho tempo para esses joguinhos do destino

Oh, felicidade, por que não posso tê-la pra mim?

Foi alguma coisa que eu fiz de errado?

Eu quero saber, eu preciso entender

Esse é um jogo chamado vida

Jogamos várias partidas até perceber que a felicidade continua distante

Por que é que tem que ser assim? Alguém me responda...

Se arriscar aqui é como um suicídio

Oras, mas isso é tão incessante

Por que é que tem que ser assim?

Jogo da vida, será que eu posso de ganhar?

A felicidade continua se afastando de mim

E quanto mais eu vivo, mais me arrependo de ter começado a jogar

A felicidade parece tão, mas tão distante

E a luz que eu enxerguei no fim do túnel se apaga

Oh, vida cruel, por que faz isso comigo?

Por mais que eu continue jogando eu vejo a felicidade se afastando

Ela está tão distante de mim... Oh, felicidade distante